segunda-feira, agosto 28, 2006

ValleyNews.com, jornal colaborativo

Depois de alguns posts de entretenimento bobinho e simples, vou tentar mais uma vez falar de algo mais conceitual.

Muito tem se falado sobre colaboração on-line no que diz respeito a produção de conteúdo de forma colaborativa e participativa na Internet. O melhor exemplo disso é a enciclopédia on-line Wikipedia onde usuários criam conteúdo de enciclopédia mesmo, sendo possível editar e fazer correções em cima do que já está publicado. Embora todo o conteúdo seja produzido e gerenciado colaborativamente por milhares de usuários, a Wikipedia é sim bastante confiável. Já tem importância científica comparada a da Enciclopédia Britânica. Pra se ter uma idéia da dimensão disso, a versão em Inglês tem mais de 1 milhão e 300 mil artigos, e a versão em português tem mais de 174 mil (ao todo existe conteúdo em 10 idiomas). É uma fonte riquíssima de pesquisa sobre os mais variados assuntos. É legal também por que está tudo linkado por tags (palavras-chave), relacionando assuntos e facilitando a busca de informações. Pra quem trabalha com Internet como eu esse assunto não é novidade, apesar de ainda não muito explorado principalmente de maneira estratégica. Ou seja, todo mundo sabe que isso é uma realidade muito forte na Internet, mas não dá pra ter muita noção do tamanho, do potencial e de como aproveitar estrategicamente esse novo formato de produção e disseminação de conteúdo (seja dentro da Wikipedia ou fora dela, num formato com o conceito de colaboração).

De qualquer forma, vez ou outra surge alguma novidade relacionada à idéia de criar conteúdo de forma colaborativa. Alguns jornais americanos como o Washington Post e o San Francisco Chronicle, além da conceituada agência de notícia Reuters começaram a se mexer e lançaram uma proposta interessante: trazer conteúdo de blogs especializados em determinados assuntos para as edições on-line de seus jornais. Ok, ok, é um caso bem diferente da Wikipedia, onde o formato é outro (jornal ≠ de enciclopédia) e principalmente a forma de colaboração é diferente: nesses jornais é notícia técnica do jornal + conteúdo de blog, sendo que na Wikipedia é conteúdo apenas de usuário (e esse conteúdo é de enciclopédia, não é noticioso)

Mas um novo jornal chamado Valleynews.com, que é de um grupo maior de jornais da Califórnia do qual faz parte o Los Angeles Daily News resolveu arriscar e testar um formato mais diferenciado ainda: todo o conteúdo do jornal vai ser produzido APENAS por usuários. A idéia é que os usuários façam a cobertura voluntária com a perspectiva de fatos e eventos que aconteçam em seus bairros. É possível publicar notícias e inserir fotos, agendar eventos de interesse público num calendário e também criar blogs, tudo dividido por regiões e assuntos. A equipe de coordenação responsável pelo site irá decidir entre as histórias publicadas quais irão para a página principal do site. Depois disso o caminho vai ser inverso: a partir do dia 5 de outubro as melhores notícias dos internautas também serão publicadas em edições de cadernos regionais impressos. O legal é que as notícias terão um caráter bairrista, comunitário, de vizinhança mesmo, aproximando moradores da mesma região e possivelmente fortalecendo laços de cidadania e amizade.

Não sei se essa é a primeira iniciativa do tipo na Internet, mas achei bem interessante e diferenciada. E o ponto é justamente esse. A Internet possibilita inventar todo tipo de ações, é um meio sem perspectiva de limites, mas o desafio é não cair no comum, não cair no automático como conversamos hoje na agência. Não sei avaliar exatamente a estratégia desse site; talvez uma venda diferenciada de publicidade, talvez um meio de atrair usuários para outros produtos do Grupo usando a colaboração como ponto de partida, talvez a soma de várias estratégias. Fato é que a inovação deu a tônica dentro um conceito muito forte na Internet de hoje: colaboração. E com certeza não foi a toa.



Mídia bem aproveitada

Essa não é nova, eu pelo menos já tinha visto. Hoje recebi pelo Click mail, lembrei e resolvi publicar. Excelente exemplo de criação tanto da peça como da própria mídia (sim, digo criação da mídia por que essa mídia foi "inventada"). Não sei qual é a agência e não vou procurar. Bem legal, né?





terça-feira, agosto 22, 2006

LOST, mais uma da Dharma

Pra quem é fã de Lost assim como eu, esse vídeo é bem sinistrão. Enquanto a 3ª temporada não vêm, fica a expectativa, os rumores, boatos e teorias. Não vou falar disso aqui, não é esse o intuito do post nem do blog. E aliás eu não me atrevo a falar nada. Deixa pros + fanáticos.



Se quiser saber mais sobre o que está sendo feito na Internet para promover e dar credibilidade à série, dá uma olhada nisso e nisso que o Rapha já escreveu. Tem muita coisa louca na Internet ajudando a dar um realismo absurdo e gerar mais burburão em torno do seriado mais falado dos últimos tempos. O Rapha foi o primeiro que eu ví falando dessas ações Interativas na Internet e fora dela pra chacoalhar mais ainda quem acompanha a série, então fica a referência.

Créditos: Dica do Guga Calsing pelo nosso Click mail.



quarta-feira, agosto 16, 2006

Coca-cola, GTA

De novo a Coca, de novo com um comercial FODA que está sendo veiculado nos EUA. Está na Internet desde o começo dessa semana em alguns blogs e agora estou publicando aqui.

Seguindo a linha de jogos tipo GTA, a
Wieden & Kennedy criou esse comercial SENSACIONAL. Tudo é perfeito: trilha, historinha, criação, direção de arte.



É isso. É tão bom que nem vou falar mais nada, é só assistir mesmo.

Ps.: Pena que essa resolução do Youtube não ajuda muito.



segunda-feira, agosto 14, 2006

Casa com ele Uschi Lang!

Depois de uma semaninha ausente volto com um post simples mas legalzinho. Já falei aqui sobre o Nike+Ipod e também sobre a nova loja da Apple na 5ª avenida, em NY. Na semana da inauguração, a Apple colocou câmeras por perto pra mostrar o movimento na loja. Essas imagens foram transmitidas pro site Apple e apareciam bem rápido, mostrando as primeiras 24 horas da loja, repetidamente. Fiquei acompanhando no site e comecei a reparar num cara que aparecia segurando uns cartazes. Como era muito rápido, não dava pra sacar direito do que se tratava. Aí eu consegui dar uns print screens. Olha que legal:

Uschi Lang
Eu te amoQuer casar comigo?
O cara foi totalmente ninja e oportunista. Declaração de amor e pedido de casamento. Será que funcionou?! Só pela criatividade o cara tinha que ganhar a mão da sua amada.

Sim, em setembro vou conhecer essa loja. E mais: vou comprar meu primeiro Mac. Yeah!

Ps.: Isso tá no meu pc há um tempão, mas só agora lembrei de colocar aqui no blog.



sexta-feira, agosto 04, 2006

Genial

Pra descontrair um pouco, uma engraçada e absolutamente verdadeira tirinha do Dilbert (clique na imagem pra ampliar)

Tecla SAP (adaptado):

- Dilbert: Como sempre, eu trabalhei até meia noite ontem, mamãe
- Mom: Bem, pelo menos você ganhou algum dinheiro extra.
- Dilbert: Eu não recebo por hora extra
- Mom: Bem, pelo menos foi um trabalho importante
- Dilbert: Não realmente. Meu chefe me fez mudar meus slides do Power Point, mas as mudanças o deixaram pior
- Mom: Bem, pelo menos você está preparado pra reunião
- Dilbert: Foi cancelada. Mas tudo bem, porque o projeto não está financiado mesmo
- Mom: Então... você trabalhou de graça, para piorar uma apresentação para uma reunião que não aconteceu de um projeto que não existe?
- Dilbert: Sim...
- Mom: Oh.... você deve estar em propaganda...

Por que será que vez ou outra essas coisas acontecem hein?
Ainda bem que na Click não tem sido assim, pelo menos comigo.

Créditos: essa eu recebi pelo quase sempre bom Abobrinha Click mail.



quarta-feira, agosto 02, 2006

Pirates of the Caribbean - Dead Man's Chest

Vou falar do filme e depois sobre uma ação legal feita no Google Earth.

Filme

Como eu vi o primeiro filme só uma vez há um bom tempo, não lembrava quase nada do enredo. Por isso resolvi assistir o segundo de forma despretensiosa. Desisti de querer prestar atenção no roteiro logo no começo e me propus a curtir pelo que o filme realmente tem de melhor: ótimas cenas de aventura, efeitos especiais impecáveis, produção espetacular, sacadas engraçadíssimas e a fantasia típica dos filmes Disney.

Pra ser bem sincero, o que não deixa o filme melhor é um desnecessário roteiro muito amarrado, cheio de voltas e reviravoltas que te fazem perder o interesse em prestar atenção no filme. Ok, ok, confesso que não tive mesmo saco pra prestar atenção e não me culpo por isso. Mas bem que os roteiristas encabeçados por Stuart Beattie do ótimo Collateral (que quase deu a Jammie Fox o Oscar de melhor ator coadjuvante) podiam ter sido mais gentis ao desenrolarem a história. Tive essa mesma impressão no primeiro “A Maldição do Pérola Negra” (também de Beattie) e temo que isso se repita no 3º filme da franquia (novamente com roteiro de Beattie). Filmes tão bacanas não precisam ser complicados assim.

Críticas “roteirísticas” a parte, digo que sim, “Piratas do Caribe – O Baú da Morte” é sim um filme bem divertido. Jack Sparrow (Johnny Depp) é um personagem igualmente divertido, engraçado e cativante, por mais politicamente incorreto que seja (afinal de contas ele é um pirata). A atuação de Depp é magistral como sempre e não preciso falar mais nada. Também não seria preciso falar da também excelente interpretação de Bill Nighy (de O Jardineiro Fiel) que deixa o vilão Davi Jones realmente vilão: mal, cruel, amedrontador, intimidador. Além disso, os efeitos especiais que compõem aquele polvo asqueroso são de fato impressionantes.

Bem, como não sou crítico de cinema, chega de falar do filme. Se você ainda não viu, vai lá. Tenta prestar atenção no filme, mas se desistir dos pormenores da história (assim como eu desisti) relaxe, aproveite, e delicie-se com Jack Sparrow, Davi Jones, a excelente produção e efeitos, além é claro da fantasia.

Google Earth

Falando agora um pouco da parte promocional, vale a pena dar uma olhada nos hotsites criados para divulgar o filme. O primeiro deles traz trailers, fotos, joguinhos, clipes, conteúdo pra celular, venda de DVD do primeiro filme, otras cocitas mas e todo o básico que sites de filmes têm hoje em dia.

Mas o legal mesmo está nesse site aqui. Bem, resumindo, você entra no site que te pergunta se você tem o programinha. Se não tiver o Google Earth na sua máquina o site te indica de onde baixar. Em caso de resposta positiva, ao clicar você já recebe o link para download do aplicativo que traz a parte legal. Aí é que começa a brincadeira. O mapa do filme aparece lá no Google Earth, com a simpática caveira rodeada pelas ilhas Tortuga, Isla de la Muerta, Isla de los Cruces e Port Royal, lugares onde a história acontece. Na Pirate Island (a ilha em formato de caveira) existem 4 tesouros e o baú da morte. Cada item te direciona pra uma coisa diferente (trailer, site do filme, galerias, música) e no baú uma orientação para achar o tesouro que eu não tive muita paciência pra procurar. Aproveita, procura lá e depois me diz o que achou.

Apesar de também não ser nenhuma novidade, usar o Google Earth é sempre legal. O software por si só já é genial e cada vez mais pequenas e grandes empresas tem usado o brinquedinho mais bacana do Google em suas estratégias para Internet, direcionando links, aparecendo nos mapas, etc.. Prende a atenção e gera aquele buzz, geralmente acabando em um viral e se espalhando pela Internet.

Então é isso: filme + Google Earth = entretenimento bacana, sessão pipoca mesmo.



Os novos campeões de audiência

A revista Época dessa semana trouxe uma matéria muito interessante sobre o crescimento e importância dos Blogs nos últimos tempos. Principalmente pra quem não tem tanto contato com o tema, vale a pena dar uma lida pra começar a ter uma noção do que páginas simples e despretensiosas como esta aqui estão fazendo.

O link aí em cima mostra apenas um pedaço da matéria. A versão completa está na revista impressa. Recomendo. É bem esclarecedora e mostra uma visão que vai além do ponto de vista de usuário.