Os Melhores do Mundo

Todo mundo já viu o vídeo do Joseph Climber, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo (se você não viu, dá uma olhada aqui). Fato é que com a divulgação desse vídeo na Internet, a trupe estorou e passou a ser mais conhecida ainda no Brasil inteiro. Resultado: peças lotadas em todas as cidades onde eles estão indo, sessões extras e retomadas de alguns espetáculos pra atender a demanda.

Aproveitando o talento dos caras, a AgênciaClick lançou uma série de filmes pra promover produtos da BrasilTelecom. É um conteúdo produzido exclusivamente pra Internet, já foi comentado em vários blogs e você pode assistir os episódios no YouTube, ou nesse site aqui. Não vou comentar sobre os vídeos, o Rapha, o Brainstorm#9 e vários outros blogs já fizeram isso.

Agora a gente está fazendo um novo e ainda sigiloso projeto com eles. Ontem tivemos uma reuinão bacaníssima com a Cia. (só não estavam a Adriana Nunes e o Welder). O que eu posso dizer é que a reunião foi ótima, muito descontraída e divertida e que a gente está começando a desenvolver um trabalho que tem tudo pra arrebentar. Aguardem cenas dos próximos capítulos e curtam o Joseph Climber.

Peça seu Whopper no BK Show

Depois da lendária e já um pouco antiga ação Subservient Chicken (quem não conhece, entre no link e veja o tanto que é bacana) que causou o maior burburinho na Internet e de algumas outras ações menos expressivas que eu não me lembro agora, o Burger King lança mais uma legal na web. Desta vez, a estratégia se mostra bastante madura no que diz respeito a uma das fortes características do momento atual da Internet e que eu tenho falado bastante aqui: colaboração e participação efetiva dos usuários na produção de conteúdo. Muitas marcas têm feito isso de pedir aos internautas que criem comerciais. Na grande maioria das vezes porém, o site ou hotsite criado com esse objetivo oferece o aparato para que o usuário produza o conteúdo e o espalhe por aí. Geralmente é simples e limitado (talvez medroso mesmo): alguns vídeos e trilhas sonoras prontas pro usuário montar um comercial do jeito que quiser, escrever alguma coisa e mandar pros amigos.

Na ação do BK, o usuário faz seu vídeo sozinho, em casa, com sua câmera, e manda pra eles. Essa proposta segue o conceito de uma campanha lançada há poucos dias onde alguns personagens fictícios (a modelo, o personal trainer, a militante do contra, o palhaço, a profissional de reality show) falam sobre como pedem um Whopper no BK (lembrando que o conceito mais usado na comunicação do BK é de que lá você pode pedir o lanche do seu jeito, do jeito que quiser). Pra falar a verdade, os vídeos feitos pela MPM com os tais personagens são bem chatinhos e muito sem graça. Estão passando na TV e na Internet, via Youtube, etc. Nos vídeos caseiros do concurso a idéia é a mesma: diga como você vai pedir seu BK e espalhe pros amigos na Internet. Pra não acabar apenas nisso, os vídeos participam de uma votação pelo site e o mais votado vai ser veiculado durante uma semana na MTV.

Talvez por terem feito vídeos tão bobocas eles resolveram pedir ajuda aos internautas (hahaha, duvido muito, mas... parece uma boa alternativa diante de uma campanha chata). Apesar de a campanha ter um bom conceito, eu me decepcionei um pouco com a MPM pelos vídeos produzidos pra Internet e pra TV; são muito sem graça. Mas a idéia de pedir ajuda pros internautas é sim bacana, oportuna e acho que pode salvar a campanha. Se foi uma correção proposital, foi bastante acertada. Tenho certeza que pode aparecer muita tosqueira, mas a chance de aparecer MUITO vídeo bom e melhor que os "oficiais" também é enorme. Vão aparecer milhares de comerciais da marca e o efeito viral virá naturalmente, sem forçar a barra. Olha só: cada usuário que faz um vídeo certamente manda pra todos os seus amigos pedindo votos, que votam e mandam pra mais gente. Muita gente entra no site, vê os vídeos, vota e manda os mais legais pra mais amigos. O viral vem com a marca do produto sendo espalhada e comentada. E melhor: é tudo feito por internautas e não pela agência, deixando tudo muito mais legal e espontâneo.

Olha esse molequinho que legal:

Sou + Eu

Sim, sei que estou devendo posts, mas o trabalho e a inspiração não têm cooperado muito com meu propósito de praticar a escrita. E pra piorar eu estava escrevendo esse mesmíssimo post, meu computador deu pau e eu perdi tudo já quase no fim. Mas vamos lá.

Outro dia escrevi um post sobre um novo projeto lançado nos EUA de um jornal on-line com conteúdo totalmente colaborativo. Resumidamente, a idéia é que os usuários escrevam as matérias falando sobre seus bairros, a vizinhança, etc. Não dá pra saber direito qual a estratégia do jornal por trás desse novo formato de publicação de notícias (pode ser gerar maior envolvimento dos leitores com outros produtos do grupo do jornal tomando a participação e colaboração como ponto de partida, pode ser aplicar um novo formato de cobrança de publicidade mais segmentada, whatever) mas o bacana mesmo é a proposta. Falei disso por quê um assunto muito discutido atualmente na Internet é a colaboração on-line, em que usuários não apenas consomem, mas também produzem e compartilham conteúdo relevante. Além de bastante discutido, isso é MUITO real hoje, não está só na teoria.

Aí, eis que surge algo parecido e inédito no Brasil. A editora Abril vai lançar agora em novembro a "Sou + Eu", uma revista 100% escrita pelos leitores. Os textos serão enviados pelos leitores e a equipe da revista vai checar e editar as histórias. Também haverá uma seção de fotos enviadas pelos leitores. O preço de capa da revista (R$ 1,99) sugere que o público-alvo que a Abril quer atingir é mais popular, classe C, D talvez. O lançamento com uma agressiva tiragem de 850 mil exemplares e a periodicidade semanal mostram que a Abril está apostando alto na empreitada.

Na Internet isso não é novidade como a gente já sabe, mas trazer essa proposta pro meio off-line é bem interessante e inovador. Na Inglaterra parece que está dando certo e as revistas focadas nesse segmento já superam a circulação das revistas de celebridades. Isso é mais interessante ainda. Essa curiosidade do ser humano pela vida dos outros é tão forte que vira negócio.

Eu particularmente estou bastante curioso pra conhecer a revista e ver o que vai dar. Acho que tem tudo pra dar certo.

Obs.: Essa capinha fake aí em cima eu fiz aqui.